Heineken confirma negociação com a Brasil Kirin

Empresa holandesa tenta comprar a operação brasileira do grupo japonês

Caso a Heineken compre a Brasil Kirin, aumenta sua fatia para 20% do mercado brasileiro (Foto: Divulgação)

ATUALIZAÇÃO: leia aqui o desfecho do negócio

Um dia depois de reveladas pelo jornal Valor Econômico, as negociações entre a Heineken do Brasil e a Brasil Kirin são confirmadas em comunicado oficial da empresa holandesa. Confira mais abaixo a nota da empresa, traduzida para o português.

O comunidado da Heineken

(20-Jan-2017 - 07:12) "Amsterdã, 20 de janeiro de 2017 - Em resposta às especulações da imprensa sobre a Brasil Kirin, a Heineken confirma que estão em andamento discussões com a Kirin relativas à potencial transação com respeito à Brasil Kirin. Essas discussões estão em curso e não há certeza de que um acordo será alcançado. Outros anúncios serão feitos quando apropriado."

À procura de interessados pela operação brasileira, o grupo japonês Kirin estaria perto de fechar negócio com a Heineken do Brasil. A fatia da marca holandesa no mercado brasileiro saltaria de 11% para 20% (contra 67% da Ambev e 12% do Grupo Petrópolis). Se consumada a fusão, reforça a tendência de concentração no mercado cervejeiro, como explificado pelas aquisições feitas nos últimos anos pela gigante AB InBev (no Brasil, Ambev).

O curioso é que a Heineken tende a pagar menos do que os US$ 2 bilhões oferecidos há mais de cinco anos (em 2011), quando tentou comprar a Schincariol, que acabou adquirida pela Kirin, em duas etapas, por US$ 3,96 bilhões. A transação foi o início da Brasil Kirin, que além da marca Schin detém a Baden Baden, a Devassa e a Eisenbahn, adquiridas pela Schincariol entre 2007 e 2008.

A expectativa dos lucros não se confirmou, prejuízos se acumularam, e a gigante cervejeira asiática repensou a empresa brasileira.