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Vinhos e espumantes brasileiros batem recorde de exportações

Projeto Setorial Wines of Brazil, da ApexBrasil, promove o setor de vitivinicultura mundo afora

podcast da ApexBrasil detaca vinícolas do Brasil que já conquistaram adegas além das fronteiras (FOTO: MICHELE B. ROSSO/DIVULGAÇÃO)

Foi-se o tempo em que vinho bom era só vinho importado. Os vinhos e os espumantes brasileiros estão fazendo sucesso em território nacional e em diversas partes do mundo. Maior produtor de espumantes da América Latina, o Brasil vem sendo reconhecido mundo afora também pelos vinhos finos, com qualidade testada pela crítica e em diversos concursos internacionais. Nos últimos dois anos, o Brasil teve recorde nas vendas externas desses produtos. Em 2021, foram exportados US$ 12,3 milhões, 53% a mais que em 2020. De janeiro a novembro do ano passado, o setor de vitivinicultura já alcançou US$ 12,7 milhões. Muito desse avanço é fruto do apoio que a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) oferece ao setor por meio do Projeto Setorial Wines Of Brazil, em parceria com a União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra). Cerca de 48,5% do total exportado pelo Brasil nesse ano recebeu apoio do projeto, que visa promover internacionalmente os vinhos e espumantes produzidos no país.

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O Wines Of Brazil atende hoje 24 vinícolas brasileiras, das quais 16 já atuam no mercado internacional. Neste ano, as exportações apoiadas pelo projeto alcançaram mais de 30 destinos diferentes.

O especialista e diretor de Educação da Associação Brasileira de Vitivinicultura do Rio Grande do Sul (ABS –RS), Maurício Rollof, comenta:

"Já passou do ponto do brasileiro ter desconfiança do vinho brasileiro. A pessoa que ainda tem essa desconfiança está precisando se atualizar. Os vinhos e espumantes brasileiros vivem um momento de auge em termos de produção, de representatividade e, acima de tudo, em termos de qualidade."

O país conta hoje com mais de 1,1 mil vinícolas. A principal região produtora é a região Sul, responsável por 90% da produção nacional. Recentemente, Altos de Pinto Bandeira (RS) foi reconhecida como Denominação de Origem (DO), a única exclusiva para espumantes do Hemisfério Sul. Mas vinícolas do Sudeste, do Centro-Oeste e do Nordeste também apresentam produtos de alta qualidade.

Em 2022, vinícolas participantes do Wines of Brazil receberam mais de 390 prêmios internacionais.

A gestora do projeto na ApexBrasil, Rafaela Albuquerque, explica:

"Estamos orgulhosos de ver nossos produtos com qualidade pelo mundo. Com o projeto, promovemos a imagem do setor, os atributos de qualidade da produção, levamos informações sobre as regiões produtoras brasileiras e facilitamos a participação das empresas produtoras e exportadoras de vinhos nos grandes eventos internacionais."

A vinícola brasileira Salton é um exemplo desse sucesso. Líder na comercialização de espumantes nacionais e participante do Projeto Wines Of Brazil, a empresa teve recorde de exportações em 2021: foram mais de 1,5 milhão de garrafas vendidas. A Salton tem 112 anos de história e é pioneira da região de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Nos últimos três anos, a empresa ganhou cerca de 300 prêmios e, em 2022, o espumante da marca ficou entre os top 10 melhores do mundo em um dos concursos mais concorridos da França, o Effervescents Du Monde.

Também na lista francesa entre os 10 melhores do mundo está o espumante da Cooperativa Garibaldi, que representa mais de 350 famílias de agricultores e tem o selo de sustentabilidade do Governo Federal. A Garibaldi participa ativamente do projeto e, neste ano, também bateu recorde nas exportações, com aumento de 150%. Segundo a agente internacional da Cooperativa, Mari Balsan, 99% das vendas internacionais da empresa se deram com o apoio da ApexBrasil.

Segundo o gerente do projeto na Uvibra, Rafael Romagna, os resultados positivos do setor vêm de uma conjunção de fatores como o aumento do consumo dos produtos durante a pandemia, as ativações promocionais desenvolvidas e ao desenvolvimento de tecnologias que permitiram a ampliação das áreas e regiões produtivas no país. Mas, segundo Roloff, nada disso adiantaria se não fosse a qualidade e o bom desempenho dos vinhos e espumantes brasileiros nas taças.

"Quem está tomando vinhos e espumantes brasileiros hoje está tomando os melhores da história do Brasil", conclui.

Essa questão é pauta do Apexcast. Para ouvir na íntegra este e outros episódios, acesse as plataformas a seguir:

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