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Catharina Sour, a importância, o crescimento e o futuro do estilo brasileiro de cerveja

Em julho de 2018, o guia BJCP reconheceu o movimento criativo iniciado dois anos antes em SC

A Catharina Sour, estilo criado em 2016, entrou oficialmente para um dos guias mais importantes do mundo da bebida no dia 4 de julho de 2018 (Foto: Daniel Zimmermann/Divulgação)

Atualizada, 4/7/2022, 12:11

Em 2018, o Beer Judge Cerfication Program (BJCP) atestou o movimento criativo dos cervejeiros brasileiros. A Catharina Sour, estilo criado em 2016, entrou oficialmente para um dos guias mais importantes do mundo da bebida no dia 4 de julho de 2018. A inclusão ocorreu três anos depois das primeiras experiências nas panelas dos cervejeiros caseiros.

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A Catharina Sour é uma cerveja refrescante, com baixo amargor, corpo leve e boa carbonatação. A graduação alcoólica vai de 4% a 5,5% e o índice de IBUs varia de 2 a 8. Entre as obrigatoriedades do estilo está a inclusão de uma fruta, de origem brasileira ou não.

A conquista, de acordo com o diretor da Escola Superior de Cerveja e Malte (ESCM) e especialista no mercado cervejeiro, Carlo Bressiani, chancelou a atenção que o movimento cervejeiro que acontece no Brasil vinha conquistando no mundo.

"Já há algum tempo as marcas brasileiras se destacavam em concursos internacionais. Quando a Catharina Sour entrou para o BJCP, com o aval de uma das maiores organizações do mundo, investidores e consumidores passaram a entender o país não só como um produtor de grandes cervejas, mas também como uma possibilidade de inovação para o setor."

Além de ter participado da criação do estilo, a Cerveja Blumenau foi a primeira cervejaria que produziu industrialmente e envasou uma Catharina Sour para que ela chegasse a outros Estados e se tornasse, de fato, um estilo nacional. A edição da cervejaria produzida com pêssego chegou ao mercado em 2017. O rótulo ainda é produzido pela cervejaria, que ampliou o mix com uma Catharina Sour de Maracujá e planeja novos rótulos para os próximos meses.

O cervejeiro da Blumenau, Marcos Guerra, entende que a história da Catharina Sour está apenas começand:

"É um estilo que tem tudo a ver com o público brasileiro, que tem características de frescor e diversidade que representam muito bem o Brasil. Com a conquista de mercado da cerveja artesanal e com mais pessoas provando, tenho certeza que a Catharina Sour terá cada vez mais espaço."

Bressiani ressalta que há cervejarias em vários lugares do mundo produzindo as suas cervejas do estilo brasileiro:

"Assim como consumimos aqui estilos criados em todo o mundo, como a American IPA ou a English Pale Ale, cervejarias de outros países e continentes já produzem a Catharina Sour, que inaugurou uma nova e importante categoria chamada de Brazilian Beer. Assim, o nosso mercado vai ganhando exposição pelo mundo."