Entidade defende "uma reforma tributária que respeite a capacidade contributiva do empreendedor"

Com o objetivo de buscar melhores condições para o segmento cervejeiro, representantes da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva), com a Frente Parlamentar Mista em defesa da indústria brasileira de bebidas, participaram de uma audiência com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Na ocasião, foram apresentados dados sobre a empregabilidade. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), até outubro de 2019 as pequenas cervejarias (com até 99 colaboradores) geraram 656 novos postos de trabalho, enquanto as grandes (acima de 99) abriram 610 vagas. Já as empresas com até quatro funcionários foram responsáveis por 524 empregos no período.

O presidente da Abracerva, Carlo Lapolli, ainda acrescentou que esses resultados foram criados sem nenhum tipo de incentivo fiscal além do Simples Nacional:

“As indústrias de grandes portes continuam recebendo estímulos como, por exemplo, os da Zona Franca de Manaus. Ainda assim, as pequenas cervejarias são as que mais geram empregos. Isso mostra o quanto o setor está crescendo e pode evoluir muito mais com uma reforma tributária que respeite a capacidade contributiva deste empreendedor.”

Segundo ele, esse tipo de subsídio acaba custando muito caro para o país.

A preocupação da Abracerva é justamente manter um sistema simplificado para as cervejarias artesanais independentes e novos incentivos fiscais:

“Já tivemos grandes avanços esse ano, com a criação da Frente Parlamentar Mista e a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva Cervejeira, que colocaram o setor em destaque. Essa reunião com o ministro foi mais um passo fundamental para o que estamos buscamos. A expectativa é que 2020 seja ainda mais promissor.”